A Pandemia atingiu em cheio a educação em nosso estado do Rio de Janeiro, em especial as professoras e professores das instituições de ensino privadas, com a suspensão das atividades presenciais desde o dia 17 de março, determinada pelo governador e por decretos municipais. O Sindicato dos Professores da Região de Lagos (Sinpro lagos) considera que a educação em nossas áreas de atuação passa por grave crise devido à pandemia do covid-19.
Assim que a suspensão das atividades presenciais foi decretada, a categoria teve que rever e preparar todo o material de ensino, adaptando-o à Internet e às aulas on-line. Depois, começou a rotina estafante e diária de preparar e lecionar aulas on-line para as crianças, adolescentes e adultos, mantendo o mesmo número de estudantes que existia antes da crise; tendo que se adaptar às pressas às ferramentas de aulas remotas existentes e muitas vezes trabalhando em condições precárias.
E no meio a isso tudo lembremos da pressão exercida por alguns donos de escolas, apoiados nas terríveis (para os trabalhadores) Medidas Provisórias do governo federal, que permitiram a redução dos salários e até mesmo a suspensão dos contratos dos professores.
Contra isso, o Sinpro Lagos lutou e luta, arduamente, orientando a categoria a não aceitar o assédio profissional – obtivemos, em conjunto com a Feteerj, federação a qual somos filiados, e demais Sinpros, uma vitória com a sanção da Lei estadual nº 8.864/20, que está em vigor e estabelece a redução de mensalidades do ensino privado e proíbe demissões de professoras(es) durante a pandemia.
O trabalho dos professores este ano vem sendo ainda mais estafante do que o normal – trabalhando além do horário da escola, à noite e finais de semana e disponível a qualquer momento via remota.
O Sinpro reivindica a manutenção do recesso escolar em julho nas instituições privadas de ensino. Trata-se de uma necessidade premente da categoria, que se torna ainda mais importante na atual situação da pandemia, em que os educadores vêm se desgastando como nunca.
Em defesa da vida, pelo cumprimento do recesso escolar de julho e somente voltar às atividades presenciais com a garantia de que a pandemia esteja realmente controlada.
Diretoria do Sindicato dos Professores da Região dos Lagos (Sinpro Lagos)
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