O Ministério da Educação (MEC) divulgou dia 14 de agosto o IDEB 2023 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que é calculado a cada dois anos a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB).
A rede estadual de educação do Rio de Janeiro teve péssimo resultado e ficou com a penúltima nota entre as 27 redes estaduais de todo o País: 3,3 – mesma colocação que ocupou em 2011, ficando à frente apenas do Rio Grande do Norte, um estado muito mais pobre, com cerca de 10% do PIB fluminense.
O Rio foi o Estado com o maior recuo do índice quando comparado aos resultados de 2021, tendo retrocedido de 3,9 a 3,3. Comparado aos outros estados da Região Sudeste, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo tiveram IDEBs igual ou superior a 4 pontos em 2023.
O índice também demonstrou que as condições precárias da educação estadual fluminense levam a sucessivos casos de reprovação e abandono: o percentual de estudantes em distorção idade-série para o Ensino Médio no estado do Rio ultrapassa os 30%, enquanto nos estados vizinhos chega, no máximo, a 21%.
A questão do “esforço docente” também chama a atenção: cerca de 25% dos docentes fluminenses estão nos níveis mais elevados de esforço para o exercício da profissão. Enquanto nos estados vizinhos este percentual fica abaixo dos 20%. Os baixos salários recebidos pelos docentes (governo do Estado paga o pior piso salarial do Brasil) os condicionam ao aumento de suas cargas horárias, impactando diretamente na qualidade de suas aulas, consequentemente, resultando em baixa aprendizagem dos estudantes.
O péssimo resultado do IDEB fluminense exige do governo estadual medidas urgentes, tais como o pagamento do piso nacional do magistério; estrutura melhor para os profissionais; convocação de concursos públicos urgentes para sanar a enorme carência de professores na rede e a democratização da gestão da SEEDUC, com o fim da perseguição política aos profissionais.
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